Os pequizais ilustram a história dos povos indígenas do Alto Xingu. Agora, documentado por seus detentores Kuikuro, o pequi se torna símbolo de vasto patrimônio cultural e genético, imprescindível para o pensamento sobre os sistemas agrícolas amazônicos.
“Ete London” segue a viagem feita pelo cineasta Indígena Takumã Kuikuro ao coração de uma das cidades mais movimentadas do mundo: Londres. Deixando por um mês sua família e povo na Reserva Indígena do Xingu, Takumã desembarca na Europa com uma câmera nas mãos, a paixão pelo registro visual e o desejo de explorar as similaridades e diferenças entre sua cultura e a dos Hiper-brancos, termo usado pelos Kuikuro para designar os não-brasileiros. Um documentário bem humorado e antropológico sobre a sociedade ocidental e suas muitas tribos escondidas sob os arranha-céus.
No mundo contemporâneo a tecnologia ocupa um espaço cada vez maior na vida íntima e social das pessoas. "Kagaiha Atipügü (Pele de Branco) é um filme produzido por Takumã Kuikuro, do Coletivo Kuikuro de Cinema, que aborda a visão indígena sobre este universo tecnológico revelando como os índios do Alto Xingu (Mato Grosso, Brasil) relacionam-se com os instrumentos criados pelos "brancos". O filme traz a voz indígena sobre esse processo e discute em que medida as novas tecnologias da memória e da comunicação, ao mesmo tempo que ameaçam, também servem à preservação de culturas tradicionais.
Durante uma oficina de vídeo na aldeia kuikuro, no Alto Xingu, ocorre um eclipse. De repente, tudo muda. Os animais se transformam. O sangue pinga do céu como chuva. O som das flautas sagradas atravessa a escuridão. Não há mais tempo a perder. É preciso cantar e dançar. É preciso acordar o mundo novamente. Os realizadores kuikuro contam o que aconteceu nesse dia, o dia em que a lua menstruou.
A Velhice Ilumina o Vento conta a história de Valda, mulher preta, idosa, periférica, trabalhadora doméstica da cidade de Cuiabá. Mulher forte, cuiabana do “pé rachado”, Valda subverte em seu cotidiano o paradigma da velhice estigmatizada.
Uma busca por memórias perdidas no tempo. Um jovem pescador urbano, filho de uma geração de pescadores, mergulha numa experiência imersiva através das águas turvas dos rios que cortam a região de Teresina, fronteira entre o Piauí e o Maranhão.
Solange é uma mãe e avó solteira que trabalha como manicure numa cidade do interior pernambucano. Com sua rotina afetada pela montagem de um set de filmagem na frente de casa, ela fica com a audição e visão aguçadas. Dona Sol tem uma porta e uma janela, que se abertas, dão acesso direto ao cinema.
Amanda é uma jovem negra e tem o sonho de ser cantora, mesmo com a falta de oportunidades a vista na pequena cidade do interior em que vive, ela tenta conseguir seu primeiro show; ao mesmo passo que Thamires encontra nela a história perfeita para seu primeiro filme. A linha entre real e ficcional é tênue, enquanto ambas seguem em suas jornadas.
Inspirado em histórias de quadrinhos e lembranças da infância, Capitão Tocha conta a historia de Pedro, um menino negro e feliz que tem como principal passatempo criar histórias a partir de brincadeiras com seus bonecos e outros objetos re-significados por ele. Mas sua brincadeira se torna especial quando ele encontra um boneco de ação com características semelhantes a sua na casa de um amigo. Capitão Tocha é uma história sobre representatividade, aprendizado e autoconfiança conduzida pelo imaginário de uma criança que enxerga em seus ídolos a projeção de um verdadeiro herói.